quinta-feira, 11 de abril de 2013

-Semente Oceânica-

Quando vejo dentro dos teus olhos sinto-me invadido.
A semente se rompe e o oceano trasborda dentro de mim.
Os teus olhos em minha mente como mãos que acolhem o céu,
Eu me perco na turbulência e me deixo afogar.
O toque das mãos fundem os etéreos espíritos,
Velejo na brisa alegre de seu sorriso
Uno minhas pálpebras como se fossem lábios,
Pétalas avermelhadas se tocando.
Ainda que somente olhe dentro dos teus olhos
Posso ler cada palavra não escrita em teus gestos
E descrever o poema majestoso da vida,
Que transborda em mim da semente oceânica,
Com força e turbulência transcritos num sentimento de amor.

-Flores de minha pele-

Se das estações viessem o tempo de te ter, desses botões desabrochariam as flores do desejo que crescem em minha pele. Tão vermelhas, tão amarelas, tão sedentas por ti que não suportam tua espera e desabrocham na primavera.  Tantas sentenças essa minha natureza suporta ate o dia da tua chegada que jamais se verá um jardim tão espetacular e paradisíaco dentro do vale protegido por meus braços. Entre tantos paraísos que posso lhe ofertar é dentro das cavernas que levam a um segredo, escondido atrás dos meus olhos um desejo, um pensamento, um cortejo para contigo nesse campo protegido por meus braços ficar. Segredo revelado somente quando a estação que vem com o tempo de te ter que fazem as flores de minha pele desabrochar.

-Beleza manifesta-


Se a própria essência da beleza pudesse tornar-se como carne,
Viesse a ser como um ser vivente sobre a face da terra,
A tua fronte seria a majestade que reina sobre nossos olhos.
Teu sorriso a alegria que manifesta nos corações dos seres viventes.
Que beatitude magnífica seria a de te conhecer como ser mortal,
Pois de imortal já bastaria o deslumbre de teu semblante.
Teus próprios os olhos da natureza que é selvagem e mística,
Teus cabelos os do grandioso sol que aquece e ilumina o universo.
Que grandeza maior haveria que a de contemplar tua beleza?
Ó refulgência daquilo que é por si mesma a própria beleza.

terça-feira, 12 de março de 2013

-Paraíso de realidade-

Emerjo dos meus vícios como um velejador que corrompe o mar. Desbravei os oceanos do desespero e escapei dos lagos de Plutão embriagado em tolices e viciado em ópios mentais. Eu decerto sobre a majestade dos paraísos que encontrei quando estava fora de mim. Salvar-se do naufrago em uma ilha deserta, escapar da própria mente que cai no abismo porque sua poupa estava rachada. As profundezas do Hades são paradisíacas, sabores de realidade interna que te fazem contorcer a própria carne. Um momento de lucides sobre os alicerces de saturno e você compreende as barreiras do cosmos. Acendo a canfora para dispersar este mal cheiro que impregna em mim nessas noites em que caio de Uranus. Revoltas de ponta no oceano coletivo de minha mente que despertam-me para uma realidade genuína, digna de quem nunca viveu um segundo e ao acaso percebe-se vivo apos tossir.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

-Doce candura que regurgito-

E a flor que brota em minha garganta cresce para fora e se desabrocha com o sono não vindo como a cândida doçura do momento orvalhado da manha sem seguinte ou anterior sem posterior ao segundo depois do regurgitar das pétalas perfumadas de cândida doçura que sussurram o veneno em meus táteis sentidos que vibram pele a dentro em minha mente para que sinta em meus olhos o cheiro de tal qual letal é a doçura dos ventos ares respirares dos meus pulmões sanções entre o vivo e a pétala da minha boca que cai sem nunca tocar nem flutuar somente cair sem nunca se desligar da canção que respiro dia apos dia nesse asfixiante som que me faz embrulhar o estomago e contrair o sabor deste regurgito.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

LIVRE PRA SER QUEM SOU!


Só o que preciso é de sentir meus pés deslizando no ar enquanto fico face a face com o chão e depois sentir que esta tudo normal de novo, meus pés firmes e meus olhos vendo o horizonte. Os ombros ficam leves e o abdômen não possui peso algum, me sinto flutuando e é o suficiente pra eu me sentir pleno e livre, pois qual liberdade maior que a de conseguir controlar o corpo em pleno ar? Não sei o que os demais entendem como liberdade, mas nunca vi nada mais livre do que poder se locomover e usar o corpo como bem entender. Que liberdade maior há nesta terra do que a de usar o corpo pra fazer o que bem entende?
Seja qual for à liberdade que outros conceituam e tentam entender, essa é a liberdade que entendo como a verdade,
pois sou livre pra fazer o que bem entendo com o que vou e vou pra onde sou!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Demonio no templo sagrado

O urro de mil demônios fora bravamente silenciado pelo poder de minha garganta. A fúria se manifestava em meus olhos e tal demônio também contido. A boca aberta exalava o som do silencio, uma energia com o poder para destruir uma noite de paz por dias caso liberada. A visão de meus olhos naquele momento era capaz de paralisar qualquer ser vivo por isso os fechei com tamanho empenho. O demônio que habita em mim é poderoso, comparável a pandora. Não possuo espadas para lidar com tais seres, não sou um herói capaz de lutar brava e tolamente para se vangloriar de seus feitos, mas sou sensato o suficiente para saber a hora de sair de uma batalha e quando o sacrifício trará algo de bom para o mundo que por um segundo quase viu a imagem da besta tanto temida. Não sou um herói, por isso ninguém sabe de meus feitos, pois faço o que deve ser feito para que o bem mais precioso seja protegido, a guarda do templo sagrado desconhecido pelos heróis do conhecimento.